Dez meses... Aquele pinguinho de gente que se enrolava todo no meu peito como um caracol está tão crescido.
Tantas conquistas já tivemos, e tantas novidades ainda virão.
Não me canso de te encher de beijinhos, daqueles que te levam às gargalhadas.
O meu homenzinho continua doentinho. O que me acalma é o fato de ele não ter febre, mas continua com muita expectoração e tosse. Já vamos nisso há mais de uma semana.
De dia fica bem, o problema costuma surgir quando vem a noite.
Tenho a impressão de que ele está um pouco melhor, mas isso de não tomar medicação nenhuma por ser pequeno também faz com que essas coisinhas demorem uma eternidade para passar. Mas se tem que ser, tem que ser.
No entanto continuamos sem dentes, engatinhar ou mesmo falar qualquer coisa com significado.
Quando estou a tentar ensinar ele a dizer "mamãe" ou "papai" ele presta uma atenção aos meus lábios, mas não sai nada. No entanto, para fazer brrrrrr de forma a que saia ainda mais baba daquela boca, ah, isso ele sabe fazer perfeitamente!
Quando está irritado, solta um "m m m", mas é raro e não me parece que dê para associar a um possível "mamãe".
Tenho o hábito de abrir o sofá cama, encher de almofadas grandes em volta para ele não sair dali de dentro e o deixar naquele espaço, que até que é grande, com brinquedos para se entreter. Mas aquilo não tem tido o mesmo efeito de antigamente.
Antes o rapaz ficava ali, todo feliz da vida, com os seus brinquedos, ora babando neste, ora batendo naquele. Agora está ali um bocadinho e depois se deita no sofá. Fica a rolar ali de um lado para o outro, ora de barriga para cima, ora de barriga para baixo, até ficar irritado porque não consegue se levantar ou engatinhar.
Lá vai a mãe pegar o bebe resmungão e o colocar sentado no sofá e puxar os brinquedos para mais perto dele. Mas não dura muito. Às vezes basta eu virar as costas e já está ele de novo caído e resmungando. Tem dias em que passo mais tempo levantando ele do que fazendo aquilo que me tinha disposto a fazer, ou então digo "basta" e o ponho sentado na cadeira de refeições. Pronto. Aí ninguém se joga para lado nenhum!
Não sei se não serei eu que deveria incentivá-lo de alguma forma diferente porque há bebes que desde muito pequenos já engatinham. São nessas coisas que eu espero que a escolinha o ajude a se desenvolver mais, porque podem ter formas de ensinar os bebes que eu não sei. Mãe de primeira viagem, sem nenhum exemplo próximo ao lado, as coisas ficam difíceis.
Claro que cada criança tem o seu ritmo, mas essas são aquelas dúvidas de uma mãe que sempre existiram e que sempre existirão.
Bebe, que tenha um dia gostoso com os teus amiguinhos na escolinha! :)
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